sexta-feira, 17 de agosto de 2007

já não tenho...

já não tenho o teu sorriso tímido
nem o teu silêncio inquietante
já não tenho as tuas mãos grossas
segurando-me pelos ombros
nem o teu olhar equidistante
tudo são rasos escombros
da nostalgia que me reinventa
sem uma única palavra tua
já não tenho nada de ti
que possa passear pela rua
já não tenho as histórias
que inventavas com entusisamo
tão pouco as vontades inglórias
para te ter de novo ao meu lado

ao meu Pai

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